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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Desmotivacao para correr - Parte I

Por incrível que possa parecer, mesmo com todas as corridas mais famosas no mundo inteiro receber cada vez mais atletas de todos os níveis e idades ainda de vez em quando somos surpreendidos pela falta de motivação para treinar. Isso pode acontecer com qualquer um e quando acontece jogamos a culpa em tudo, em todos ou arranjamos um bela desculpa para nos livrarmos da culpa que na maioria das vezes é nossa e só nossa.

Muito trabalho, filho doente, muitos compromissos, o cônjuge enche o saco e vai por aí. Há corredores que chegam a ser criativos na elaboração de novas desculpas, sempre colocando a culpa nos outros.

Motivação vem de motivos e por isso é pessoal porque cada um tem os seus. Para o corredor nada é mais contagiante e motivante do que a corrida, mas quando ela começa a cair na mesmice pode ser o começo de um desastre. Ou seja, as mesmas provas de 5, 10 ou 15 km que levam o corredor a fazer sempre o mesmo plano de treinamento, a mesma planilha e nos lugares de sempre. Alguns fazem há anos a mesma coisa e nada é mais desmotivante do que isso.

Motivação está interligada com meta e por isso, se queremos sair da desmotivação é preciso antes de tudo rever as metas. Ou seja, escolher quais as corridas que desejamos participar durante o ano e especificamente treinar para cada uma delas passo a passo.

É um erro pensar que o treinamento da corrida que fizemos no mês passado serve para a próxima. Cada prova exige um estudo detalhado tais como: percurso, planimetria, dificuldades da prova, que horário será a largada, que época do ano, se costuma fazer frio ou calor e se costuma chover para não ficar da mesma forma arranjando “desculpites” para insucessos do tipo está muito calor, tem muita ladeira e tudo o mais como se essas dificuldades não existissem para ou outros. Depois é hora de rever com o treinador qual o plano de treinamento mais adequado à prova e o tempo pretendido.

No dia anterior o que vai comer, a que horas, que roupa vai usar, qual o tênis, se as unhas estão cortadas, que hora vai dormir e acordar. Tudo isso faz com que o corredor se mantenha motivado, ocupado e disciplinado com a prova o tempo todo. A disciplina é um forte aliado contra a desmotivação. O estudo detalhado da corrida não termina na linha de chegada. É preciso analisar os erros e acertos aprimorando os acertos e corrigindo os erros para as próximas corridas.

Mesmo o corredor sabendo o que quer, diariamente pode ser influenciado tanto de forma negativa como positiva pelo meio externo tais como pessoas ou mesmo acontecimentos inesperados que poderão diminuir ou aumentar a motivação. De qualquer forma a motivação é algo que acontece em função de uma combinação de fatos que mexe com o nosso interior influenciado pela personalidade, percepção individual ao meio ambiente, interações humanas e as emoções de cada um e de maneira nenhuma é uma receita de bolo que dá certo ou não para todo mundo.

A Síndrome de Burnout – É um tipo de desmotivação desencadeada por um estresse diferente do comum. Ou seja, uma resposta crônica ao estresse com relação direta a determinadas profissões que lidam com o público, mas pode atingir o corredor. Burnout vem de: “burn” = queima + out = exterior. O sujeito se mostra emocionalmente exausto justamente por tanto lidar com as mesmas pessoas, mesmas conversas, mesmas dificuldades, vitórias e derrotas. Cá entre nós. Boa parte dos corredores tem sempre o mesmo “papo” depois da corrida.

Alguns autores diferenciam a Síndrome de Burnout do estresse genérico por estar especificamente relacionado ao relacionamento interpessoal, seja profissional ou não. O sujeito afetado se apresenta constantemente irritado com tudo e com todos, de “saco cheio” justamente com a classe que mais se relaciona, no caso com os próprios corredores que ele gosta tanto. Nesse caso o tratamento mais lógico é se afastar e fazer outras atividades tais como natação, ciclismo, caminhada, musculação com o objetivo de descansar e conhecer outras pessoas.

Em pouco tempo o corredor sente saudades da corrida e até daqueles “papos” que tanto irritava e volta porque essa é a sua “tribo” e não tem jeito de se afastar por muito tempo. A corrida tem uma energia diferente que no bom sentido vicia. Ouso até dizer a mais democrática e mais acessível a todas as pessoas.

Para Refletir: A casa de um amigo nunca é tão longe que não valha à pena chegar lá. Já a de um inimigo, por mais longe que seja estará muito perto.

Sobre a Ética: A verdadeira amizade é composta de conduta ética sem limite, sem regras e sem formalidades.

por Luiz Carlos de MoraesPor incrível que possa parecer, mesmo com todas as corridas mais famosas no mundo inteiro receber cada vez mais atletas de todos os níveis e idades ainda de vez em quando somos surpreendidos pela falta de motivação para treinar. Isso pode acontecer com qualquer um e quando acontece jogamos a culpa em tudo, em todos ou arranjamos um bela desculpa para nos livrarmos da culpa que na maioria das vezes é nossa e só nossa.

Muito trabalho, filho doente, muitos compromissos, o cônjuge enche o saco e vai por aí. Há corredores que chegam a ser criativos na elaboração de novas desculpas, sempre colocando a culpa nos outros.

Motivação vem de motivos e por isso é pessoal porque cada um tem os seus. Para o corredor nada é mais contagiante e motivante do que a corrida, mas quando ela começa a cair na mesmice pode ser o começo de um desastre. Ou seja, as mesmas provas de 5, 10 ou 15 km que levam o corredor a fazer sempre o mesmo plano de treinamento, a mesma planilha e nos lugares de sempre. Alguns fazem há anos a mesma coisa e nada é mais desmotivante do que isso.

Motivação está interligada com meta e por isso, se queremos sair da desmotivação é preciso antes de tudo rever as metas. Ou seja, escolher quais as corridas que desejamos participar durante o ano e especificamente treinar para cada uma delas passo a passo.

É um erro pensar que o treinamento da corrida que fizemos no mês passado serve para a próxima. Cada prova exige um estudo detalhado tais como: percurso, planimetria, dificuldades da prova, que horário será a largada, que época do ano, se costuma fazer frio ou calor e se costuma chover para não ficar da mesma forma arranjando “desculpites” para insucessos do tipo está muito calor, tem muita ladeira e tudo o mais como se essas dificuldades não existissem para ou outros. Depois é hora de rever com o treinador qual o plano de treinamento mais adequado à prova e o tempo pretendido.

No dia anterior o que vai comer, a que horas, que roupa vai usar, qual o tênis, se as unhas estão cortadas, que hora vai dormir e acordar. Tudo isso faz com que o corredor se mantenha motivado, ocupado e disciplinado com a prova o tempo todo. A disciplina é um forte aliado contra a desmotivação. O estudo detalhado da corrida não termina na linha de chegada. É preciso analisar os erros e acertos aprimorando os acertos e corrigindo os erros para as próximas corridas.

Mesmo o corredor sabendo o que quer, diariamente pode ser influenciado tanto de forma negativa como positiva pelo meio externo tais como pessoas ou mesmo acontecimentos inesperados que poderão diminuir ou aumentar a motivação. De qualquer forma a motivação é algo que acontece em função de uma combinação de fatos que mexe com o nosso interior influenciado pela personalidade, percepção individual ao meio ambiente, interações humanas e as emoções de cada um e de maneira nenhuma é uma receita de bolo que dá certo ou não para todo mundo.

A Síndrome de Burnout – É um tipo de desmotivação desencadeada por um estresse diferente do comum. Ou seja, uma resposta crônica ao estresse com relação direta a determinadas profissões que lidam com o público, mas pode atingir o corredor. Burnout vem de: “burn” = queima + out = exterior. O sujeito se mostra emocionalmente exausto justamente por tanto lidar com as mesmas pessoas, mesmas conversas, mesmas dificuldades, vitórias e derrotas. Cá entre nós. Boa parte dos corredores tem sempre o mesmo “papo” depois da corrida.

Alguns autores diferenciam a Síndrome de Burnout do estresse genérico por estar especificamente relacionado ao relacionamento interpessoal, seja profissional ou não. O sujeito afetado se apresenta constantemente irritado com tudo e com todos, de “saco cheio” justamente com a classe que mais se relaciona, no caso com os próprios corredores que ele gosta tanto. Nesse caso o tratamento mais lógico é se afastar e fazer outras atividades tais como natação, ciclismo, caminhada, musculação com o objetivo de descansar e conhecer outras pessoas.

Em pouco tempo o corredor sente saudades da corrida e até daqueles “papos” que tanto irritava e volta porque essa é a sua “tribo” e não tem jeito de se afastar por muito tempo. A corrida tem uma energia diferente que no bom sentido vicia. Ouso até dizer a mais democrática e mais acessível a todas as pessoas.

Para Refletir: A casa de um amigo nunca é tão longe que não valha à pena chegar lá. Já a de um inimigo, por mais longe que seja estará muito perto.

Sobre a Ética: A verdadeira amizade é composta de conduta ética sem limite, sem regras e sem formalidades.

por Luiz Carlos de Moraes