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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A onda dos tênis funcionais

Empresas lançam opções que prometem enrijecer músculos e ajudar a emagrecer.

Uma nova geração de tênis começa a chegar ao mercado com um apelo irresistível: deixar músculos da panturrilha, glúteos e abdome mais enrijecidos e a coluna vertebral alinhada, melhorando a postura. Os produtos foram batizados pelos fabricantes de tênis funcionais. O título seria porque eles ofereceriam benefícios que vão além de sua finalidade, a de proteger os pés do atrito com o chão. O termo funcional já é usado pela indústria alimentícia para designar produtos que apresentam efeitos terapêuticos, como margarinas enriquecidas com substâncias que diminuem o colesterol ruim.

Um dos modelos é o Shape-ups, da marca americana Skechers. As empresas afirmam que o segredo do produto é o material da entressola - estrutura entre o solado e a palmilha. Por ser feita de uma borracha macia, faz com que o usuário tenha a sensação de caminhar descalço sobre a areia fofa. "Isso exige um esforço maior para executar os movimentos", diz Luis Alfredo Maia, diretor da marca no Brasil. O empenho fortaleceria os músculos e aumentaria o gasto calórico, ajudando a emagrecer.

O modelo Easytone, da Reebok, que chegará em novembro ao Brasil, tem o solado inspirado nas bolas dos exercícios de Pilates. "Para caminhar e se equilibrar, a pessoa precisa usar várias articulações dos pés e acionar mais músculos da panturrilha e dos glúteos", diz Dalton Martinelli, gerente de marketing da Reebok.

O mercado de calçados funcionais é promissor. A expectativa é de que movimente este ano nos EUA mais de US$ 100 milhões, segundo a SportsOneSource, especializada no setor. De olho nesse filão, a Nike lançou o Nike Free. "A ideia é que ele fortaleça os pés ao acionar músculos normalmente não usados", explica Jeff Pisciotta, chefe do laboratório de pesquisa esportiva da Nike.

Apesar dos apelos dos fabricantes, os produtos ainda não convenceram os especialistas. "O conceito parece interessante", afirma Keila Fontana, da Universidade de Brasília. "Mas acho que esses modelos trarão, no início, mais desconforto do que benefício", diz. "É possível que causem dores nas costas, principalmente em quem não faz exercícios com regularidade", acredita. E também há o risco de queda. Por isso, não são recomendados para idosos.

Fonte: Isto É - Independente
por Greice Rodrigues

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Vício da Atividade Física

Não é exagero dizer que atividade física vicia

O "barato" do atleta é comum entre aqueles que fazem atividades prolongadas, como é o caso dos corredores de longa distância, e é descrito como uma sensação de euforia, bem estar, e alteração da percepção do tempo e espaço.

Essas sensações não costumam ser descritas entre os atletas de atividades de curta duração como os velocistas e em esportes que exigem frequente mudança da demanda de força e ritmo da atividade, como é o caso do futebol, basquete, tênis, etc. Curiosamente, não há descrição na literatura desse "barato" entre nadadores, apesar da natação ser um esporte com ritmo regular e repetitivo como a corrida. Já existem evidências apontando que a corrida é especialmente associada a essa sensação de prazer, em parte por causa dos repetidos traumas na pele que promovem a liberação de substâncias que agem tanto no sistema nervoso central como no periférico.

Até a década de 60, acreditava-se que o "barato" do atleta era decorrente do aumento dos níveis de catecolaminas, substâncias da linha da adrenalina. Com a descoberta da endorfina, que é como se fosse um tipo de morfina produzida pelo próprio corpo, passou-se a acreditar que todo o "barato" do atleta podia ser explicado pelo aumento dos níveis de endorfina no sangue, criando-se então um mito popular sem comprovações científicas.

No ano de 2003, foi demonstrado que o exercício físico é capaz de ativar o sistema endocanabinóide e isso transformou radicalmente o entendimento do "barato" do atleta. Esse sistema é composto de receptores chamados de canabnóides, e estão distribuídos não só no cérebro e nervos periféricos, mas também no pulmão, na pele e nos músculos. No cérebro, seu efeito maior é o de inibição da atividade dos neurônios e a anandamida é o neurotransmissor que se liga aos receptores canabnóides do cérebro mais estudado. São nesses receptores que age o princípio ativo da maconha (tetrahidrocanabinol), e os efeitos são bem semelhantes aos da anandamida.

Já é bem reconhecido que a ativação do sistema endocanabinóide estimula o sistema de recompensa cerebral, que é ativado toda vez que fazemos algo que dá prazer e sinaliza ao cérebro que vale a pena repetir a experiência quando esta é prazerosa. A relação entre esses dois sistemas sugere que os endocanabinóides são fortes candidatos para explicar o vício em exercício físico que algumas pessoas desenvolvem. Nesse contexto, vício significa que ficar alguns dias sem atividade física pode levar a sintomas como ansiedade e alterações de humor, e isso pode acontecer mesmo entre as pessoas que praticam atividade física sem exageros, sem compulsão. Nos casos de comportamento compulsivo, o vício na atividade física passa a ser algo negativo, pois começa a comprometer outras dimensões da vida, como por exemplo, o convívio com a família. Felizmente, na grande maioria das vezes, esse vício é um grande aliado da saúde física e mental.

Fonte: SEGS Portal Nacional
por Ricardo Teixeira (Doutor em Neurologia pela Unicamp)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Os 7 hormônios principais da perda de peso

Dae moçada,
Eu me cadastrei no Portal da Educação Física e periodicamente recebo um boletim compacto com os artigos e notícias da semana. Quando o texto é pequeno eu coloco aqui e faço uma referência pro site deles. Mas esse aqui eu achei interessante, porém longo pra colocar aqui. Então porque não lês direto do site deles?
http://www.educacaofisica.com.br/noticia_mostrar.asp?id=7607
Grande abraço e keep running, já q o inverno aqui em Portugal chegou pra valer e tá difícil sair da rotina Universidade - Casa.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Treinos de corrida em diferentes pisos

Além de ser um grande motivador, e ajudar os corredores a saírem da rotina diária de treinamento, treinar em diferentes pisos contribui para a diminuição de lesões, no caso dos pisos de menor impacto, e para o fortalecimento de alguns músculos dos membros inferiores.
“O atleta que varia os tipos de piso na hora do treinamento corre um risco menor de sofrer lesões, já que o impacto gerado pelo asfalto, por exemplo, que é três vezes maior que o da grama, facilita o surgimento de dores e contusões”, explica Christian Antoniazzi, diretor técnico da assessoria Metas Esporte & Entretenimento.
Para o psicológico, a variação também pode ser benéfica, como fala Adriano Bastos, corredor de elite e diretor técnico da Adriano Bastos Treinamento Esportivo. “O fato de não rodar sempre no mesmo lugar pode ajudar o corredor a sair um pouco da monotonia e pode deixar os treinamentos mais prazerosos”.

Grama
A grama é um dos pisos que oferece menor impacto para o corredor, já que as folhas e a terra servem como atenuante e geram maior amortecimento na hora da pisada.
Pró: “O maior amortecimento deste piso faz com que a incidência de lesões diminua consideravelmente”, afirma Antoniazzi.
Contra: “Na grama o atrito é menor e o corredor não consegue ter a mesma reação que teria no asfalto, por isso, acaba sendo um treino não muito apropriado para velocidade”, completa Bastos.

Asfalto
É, sem dúvida, o piso mais utilizado pelos corredores, e é neste tipo de chão que as provas são realizadas. O impacto, porém, é grande neste piso, e treinar sempre nele pode gerar lesões.
Pró: “Neste piso é muito mais fácil treinar a velocidade, já que a reação é muito melhor. Além disso, por ser mais duro, há um aumento da resistência do corredor, que se adapta mais facilmente às provas”, diz Bastos.
Contra: “Por causa do impacto, a probabilidade de lesão é muito maior para quem corre somente neste piso”, resume Antoniazzi.

Areia
A absorção do impacto é ainda maior neste tipo de piso. Na areia fofa os músculos inferiores são muito trabalhados o que gera grande resistência. Indicada para treinos de rodagem e tiro.
Pró: “A areia possibilita uma grande redução de impacto, além de trabalhar a propriocepção, fortalecendo alguns músculos específicos dos membros inferiores que não são trabalhados nem na musculação”, afirma Antoniazzi.
Contra: “É um treino mais cansativo, que exige muito do corredor”, acrescenta o treinador. “É importante tomar cuidado com os desníveis e não acabar forçando mais um lado que o outro”, completa Adriano.

Esteira
Com o crescimento das academias no país, o treinamento nas esteiras tem aumentado muito, por ser uma alternativa prática na hora de dar as passadas. É indicada para treinos regenerativos e de rodagem.
Pró: “O impacto na esteira também é muito baixo, o que ajuda a prevenir contra lesões. Além disso, o corredor tem total controle sobre a corrida, como velocidade e segurança”, fala Christian.
Contra: “O movimento feito na máquina é totalmente diferente do feito no asfalto, o esforço é bem menor, já que é a esteira que anda. Por isso, quem corre somente na academia tem mais dificuldade de pegar o ritmo de prova”, completa o treinador.

Concreto
Este tipo de piso deve ser evitado ao máximo, já que o impacto é ainda maior que o do asfalto. “No concreto a absorção é mínima e, para evitar lesões, o corredor deve preterir o treinamento neste tipo de piso sempre que puder”, conclui Bastos.

Fonte: O2 por Minuto, por Fausto Fagioli Fonseca

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Estresse: Inimigo para quem quer boa forma

Mesmo em dieta, pessoas nervosas podem continuar ganhando peso

Que o estresse é o grande vilão da modernidade não é mais novidade. A questão, agora, é que ele é capaz de alterar o organismo humano de diversas maneiras. De acordo com estudo realizado pela Universidade Göteborg, na Suécia, o estresse é um dos principais inimigos para quem luta contra o peso.
Conforme o estudo, quando uma pessoa vive sob estresse, ela tende a liberar uma quantidade maior de cortisona e adrenalina, que são hormônios ligados a situações de perigo e que aceleram o ganho de peso até quando a pessoa está fazendo dieta. “A cortisona é um hormônio esteróide e tem muitos efeitos no organismo, deixa-o mais debilitado, mexe muito com o sistema imunológico”, explicou a professora de educação física, Priscila Freire.
Segundo a professora, as pessoas tomam esse tipo de hormônio como forma de amenizar o estresse, no entanto, ingerido de forma incorreta, acarreta alguns distúrbios. “Pode aumentar o apetite, causar hipertensão, fraqueza, sonolência e dá menos vontade de praticar exercício”, ressaltou.
Para a professora, o estresse é um inimigo comum, e o método mais simples de combatê-lo é praticar exercícios físicos regularmente e manter uma alimentação equilibrada. “Tem que escolher uma atividade que proporcione prazer e ter disciplina na prática de exercícios, além de sempre ter uma preocupação com a alimentação. Fazer uma atividade que aumente a sensação de prazer é ideal para diminuir o estresse e o peso.”

O também professor de educação física Marcel Macêdo acredita que a combinação de exercício físico com alimentação adequada e uma noite bem dormida é a combinação ideal. “Um dos fatores principais é o repouso. Se a pessoa não descansar a musculatura que utilizou apresentará fadiga e outros fatores do cansaço, assim, consequentemente o seu objetivo não será alcançado”, explicou o profissional.
Para quem não pratica exercício e mesmo assim quer perder peso, só fazer dieta não é a melhor opção. “Quem é sedentário e faz dieta não terá um resultado totalmente satisfatório, pois nesse caso perder peso significa apenas perder quilogramas na balança e não diminuir taxa de gordura em relação a taxa muscular. Ou seja, perderá peso, mas não terá qualidade”, afirmou.

O Ideal
A modernidade pede muito tempo das pessoas, mas para aumentar a qualidade de vida não é necessário passar horas e horas na academia. “O ideal é praticar pelo menos três vezes por semana com uma hora de exercícios bem orientados, assim, promove grandes benefícios ao praticante”, ressaltou Macedo. Ele indica também que os exercícios sejam unidos a uma alimentação variada, substituindo alimentos calóricos e gordurosos por alimentos mais saudáveis e que atendam da mesma forma a necessidade energética de cada pessoa.
Ou seja, o mal da atualidade tem cura. Arranjar tempo para manter a qualidade de vida é ideal para conseguir realizar todas as tarefas diárias sem maiores preocupações.

Fonte: Tribuna do Brasil por Kamila Farias

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Consumo diário de café retarda doenças do fígado

O consumo diário de várias xícaras de café retarda a evolução de doenças do fígado, como a hepatite C, revela um estudo de pesquisadores norte-americanos divulgado na quarta-feira (21).
As pessoas que sofrem de hepatite C crônica e de outras enfermidades hepáticas em estado avançado que consomem ao menos três xícaras de café diárias reduzem em 53% o risco de evolução da doença em relação aos que não fazem o mesmo, destaca o estudo realizado pelo americano Neal Freedman, membro do Instituto Nacional do Câncer (NCI).
A pesquisa analisou 766 pessoas com hepatite C sem resposta a tratamentos com antivirais e que bebiam ou não café.
A cada três meses, durante cerca de quatro anos, estes pacientes foram submetidos a biópsias para determinar a evolução da doença.
"Observamos que a evolução das enfermidades era inversamente proporcional ao consumo de café", explicou Freedman.
Uma das hipóteses sobre o papel do café é que ele reduziria os riscos de diabetes do tipo 2, frequentemente associada à doenças hepáticas ou inflamações.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 3 e 4 milhões de pessoas contraem hepatite C a cada ano, e em 70% dos casos a doença se torna crônica e pode provocar cirrose ou câncer de fígado.
Fonte: Folha Online

domingo, 1 de novembro de 2009

Alho pode mesmo ajudar a prevenir resfriado, diz pesquisa

Durante séculos o alho tem sido enaltecido não apenas por sua versatilidade na cozinha, mas também por seus poderes medicinais.
Seja qual for a razão, estudos parecem respaldar um efeito. Em um estudo duplo-cego, publicado em 2001, cientistas britânicos acompanharam 146 adultos saudáveis por 12 semanas, de novembro a fevereiro. Os que foram randomicamente selecionados para receber um suplemento diário de alho sofreram com 24 resfriados durante o período do estudo, em comparação a 65 resfriados no grupo do placebo. O grupo que consumiu alho enfrentou 111 dias de doença, contra 366 daqueles que receberam o placebo. Eles também se recuperaram mais rapidamente.
Além do odor, os estudos encontraram efeitos colaterais mínimos, como náusea e erupções na pele.
Uma possível explicação para esses benefícios é que um composto, chamado alicina, o principal componente biologicamente ativo do alho, bloqueia enzimas que têm um papel importante em infecções bacterianas e virais. Ou talvez as pessoas que consomem muito alho simplesmente repelem as outras --portanto, ficam longe de seus germes.
Em um relatório publicado este ano no "The Cochrane Database of Systematic Review", cientistas que examinaram o tema argumentaram que, embora a evidência seja boa para os poderes preventivos do alho, mais estudos são necessários.
Eles observaram que ainda não estava claro se consumir alho logo no início de um resfriado, em vez de algumas semanas antes, faria alguma diferença.
Conclusão: a pesquisa é limitada, mas sugere que o alho realmente ajuda a prevenir resfriados.
Fonte.: Folha Online / New York Times